Na excitação de experimentar os tão famosos desportos de neve, aliado ao calor infernal que o sistema de aquecimento nos proporcionou, a noite passou lenta e vagarosamente entre a ansiedade de ir fazer ski pela primeira vez bem como o desejo de sair daquela sauna a que chamavam quarto. O despertador tocou ainda o dia não tinha nascido, da janela do apartamento vislumbrava algumas luzes das pistas, e numa ansiedade quase infantil foi tempo de tomar o pequeno-almoço e enfiar-me dentro daquele fato (quente) que me deu um ar de chouriço que mal se podia mexer.
Uma volta pela vila em tom de reconhecimento do terreno e após alguns contactos já nos encontrava-mos dentro de uma loja a experimentar o material que iríamos alugar, a risota depressa se instalou, os amigos mais experientes a ajudar os outros a tentar calçar aquelas botas (que diga-se: confortávies e leves) e despendendo cerca de 20 minutos para cada pé, lá nos conseguimos por a andar tal qual robot-cop nas suas patrulhas contra o mal. Era simplesmente impossível andar com aquelas coisas nos pés, nenhuma articulação mexe, a perna não dobra e aquela neve e gelo no alcatrão esperavam ansiosamente pelos primeiros contactos com os nossos traseiros.
Com o material em punho e em tornozelos era hora do inevitável, comprar os fort-faits e experimentar o tão famoso ski. Mas depressa a ansiedade deu lugar à desilusão, as pistas estavam todas fechadas , sem perspectivas de abrir, ao menos podia tirar aquelas coisas dos pés e andar mais livremente. Com a desolação estampada no rosto pouco nos restava a fazer, a manhã foi dedicada a uma maratona infindável de cafés e lojas, o ar começava a escurecer antecipando um grande nevão e obviamente a não abertura das pistas. Após o almoço e uma rodada de jogatana de cartas tínhamos esgotado todos os passatempos possíveis, a neve lá fora caía com grande intensidade, mas a ansiedade dos novatos não permitia a uma sesta pela tarde dentro. Afinal, as pistas estavam fechadas mas neve não era o que faltava por aqueles lados, e de fatos novamente vestidos dedicamos a tarde aquele desporto olimpico tipicamente portugues : SKU
De rabo espetado na neve não houve monte nem descida que os belos portugueses não se fizessem de rabo à neve numa galhofa pela tarde inteira. Afinal eu sempre tinha razão, devíamos ter trazido o saco de plástico.
rsrs apesar de nao terem levado o saco, deve ter sido uma viagem maravilhosa né
ResponderEliminarbjsss
E foi mesmo, pior as dores e as nodoas negras no corpo, mas isso fica para o próximo post. Em breve vou escrever sobre a minha viagem ao Brasil, mas esse é bem mais demorado.
ResponderEliminarBom dia e boa semana!!
ResponderEliminarbeijos