Embrenhados pelo interior desta ilha magnifica, aos poucos avistavam-se os contornos da segunda maior cidade da ilha. Assoma é a sede do concelho de Santa Catarina e para meu espanto uma cidade de tamanho considerável que repousa no meio daquele verde bem no interior remoto da ilha.
Ponto de encontro da população rural do interior é uma cidade que transpira vida, cheia de bulicio que agrada logo à chegada. O centro da cidade surpreende pela sua arquitectura colonial portuguesa caracteristica da ilha e desde logo nos sentimos em casa. Naquela manhã as ruas ainda estavam mais cheias, era dia do afamado Mercado de Assomada onde todo o tipo de produtos são vendidos na maior das alegrias africanas.
Não podia deixar de dar uma vista de olhos pelo mercado, apertado e cheio de gente que nem um ovo, a mistura de sons, cores e cheiros embalam os sentidos na exploração das variadas tabancas. De fruta suculenta a roupa de gosto duvidoso tudo se vende, mulheres e crianças para um lado homens no regateio para outro, diferenças exóticas para os nossos ocidentalizados costumes. Não sei porque razão não comprei nada naquele mercado (vinagra-me mais adiante na beira duma estrada) e o passeio foi acelerado pois o dia prometia ainda muitas surpresas.
Na hora da partida ainda deu para deambular pelas ruas do centro, debaixo dos olhares curiosos que pouco estão habituados ao turismo que se vê noutras ilhas. Ainda houve tempo de dar de caras com o busto do Infante D. Henrique mas sem tempo para lhe perguntar o que fazia por aquelas tropicais paragens. O carro partiu novamente rumo ao ondulado interior, era hora de nos fazermos à estrada e ao ponto mais alto da ilha para depois descer ao mais belo paraíso.
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