O sonho Magrebino aproximava-se rapidamente do fim, de corpo cansados e mentes plenas de energia, foi impossível resistir ao impulso azul intenso do Mediterrâneo e não deixar fluir estes últimos 2 dias numa lânguida sensação de êxtase. Assim foram passando estes dois dias de forma calma e serena, em jeito de despedida do que nos foi tão intenso e que há boa maneira portuguesa já se chora mesmo antes da despedida.
O sol ia brindando os dias aos quais o corpo se foi recompondo de tantos quilómetros de carreiros e dunas ,em longos e demorados banhos de mar. Tinha sido fantástico, sem qualquer dúvida, e com uma certeza partimos de que não se volta ao sitio onde se foi feliz, porque o que nos preenche por completo só acontece uma vez que jamais se poderá repetir.
O adeus estava eminente, apenas umas horas de sono para nos deixar de novo no aeroporto no regresso
à nossa incrivel e também cruel Lisboa. Mas não, era impossível deixar esta terra sem uma despedida à altura, sem fazer qualquer coisa de completamente genuino saída de 5 cabeças completamente em sintonia, assim, contra qualquer recomendações de guias e hoteis porque não dar uma voltinha pela noite dentro nos labirinticos souks trajados a rigor??!!
à nossa incrivel e também cruel Lisboa. Mas não, era impossível deixar esta terra sem uma despedida à altura, sem fazer qualquer coisa de completamente genuino saída de 5 cabeças completamente em sintonia, assim, contra qualquer recomendações de guias e hoteis porque não dar uma voltinha pela noite dentro nos labirinticos souks trajados a rigor??!!
Não havia volta a dar, taxis à porta, turbantes na cabeça e em 15 minutos nos vimos rodeados de ruelas, ruas e becos sem saída, numa escuridão quase total. Sem vivalma por perto, nem pontos de referencia não tardou muito para estarmos perdidos, começou o coração a batucar mais forte e um nervoso miudinho a dizer cá dentro que tínhamos de sair dali e depressa. Uma voz chamou do escuro num francês cantado, e sem pensar dissemos em uníssono que SIM, queremos ajuda!!
Percorremos mais umas milhentas ruelas, todas iguais, todas sem saída, o senhor tinha uma loja (dizia ele no seu francês) e porque não passaríamos por lá?! Fazia bom preço.
Com tanta reviravolta, demo-nos frente a frente com um portão e um olhar que dizia, silencio para não acordar ninguém. O portão abriu-se um pouco e entrámos num pátio pequeno e apinhado de pratos de cerâmica e tantas mais quinquilharias; no terraço ouvia-se uma televisão e o homem desapareceu na escuridão da casa. Olhares trocaram-se a toque de medo, era agora que íamos ficar sem um rim pelo menos.
A luz acendeu-se e o bazar iluminou-se de milhares de peças de artesanato, mal nos podíamos mexer, afinal era hora de ir as compras.
Escolhido o que era para comprar e depois de horas intermináveis de regateio, uns presentes pelo bom negócio fomos deixados no taxi de regresso ao hotel, já a noite ía alta.
Só restava tempo de enfiar a tralha nas mochilas e dar umas 2 horinhas de descanço, aquando nos apercebemos do magnifico negocio que havia sido feito. Em cima das camas espalhavam-se cofres e baús de todos os tamanhos, tapetes e carpetes, serviços de chá e cafeteiras de estanho, pulseiras, shishas e toda uma imensidão de artigos que ainda hoje não os tenho arrumados em casa.
Era impossível, tanta tralha não cabia nas mochilas do campismo e de manhã bem cedinho, tal acampamento de ciganos fizemos o check-in no aeroporto com mais de uma dúzia de sacos de plástico recheados de tralha.
Entalados nos bancos entre os sacos de plástico e os serviços de pratos de cerâmica, vimos da janelinha redonda as terras do Magrebe afastarem-se, num sonho que apesar de tudo havia sido realidade!
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Hammamet o que direi?
ResponderEliminarBem uma lua de mel que tinha tudo de bom. Mas um certo camelo não portou muito bem e atirou-me ao chão resultado braço partido lua de mel f*****!