Depois de ter visitado as igrejas daquela magnifica praça, tinha deixado o melhor para o fim, apesar de a maior atracção de Praga ser enorme e estar a uns meros metros de distância ainda não me tinha atrevido a chegar perto daquele estranho relógio naquela ainda mais estranha torre, e quando me decidi em explora-lo já um amontoado de gente se apinhava em frente ao relógio. Creio que aquele recanto da praça é dos mais acolhedores em qualquer cidade, cheio de vitalidade e coisas por explorar mesmo tendo de furar entre a multidão.
Câmara da Cidade Velha
Janela da Câmara com o brazão da cidade |
Para aqueles que como eu adoram partir por este mundo fora e viajar não implica só estar em pessoa num determinado local mas também partir rumo ao destino ainda em nossa casa, já deve ter reparado que Praga impressionou-me imenso, em especial o seu tão famoso e arrojado relógio. Antes sequer de falar dele tenho mesmo de falar de onde ele está, ou seja falar da Câmara Municipal da Cidade Velha. No inicio do meu relato sobre esta cidade já vos havia falado do edifício novo Câmara Municipal, do qual havia gostado mesmo muito de visitar, até ter realmente ter dado de caras com este ex-libris. Ocupando uma série de edifícios coloridos de estilo gótico, que desde 1338 formam este enorme monumento que é a Câmara Municipal da Cidade Velha. Não deixa de ser interessante esta amalgama de cores e formas num só monumento, sem qualquer dúvida o mais vistoso e antigo daquela praça mas sem qualquer esforço sobressaem a sua enorme torre de 70 metros de altura com uma vista explendida sobre a cidade e o seu elaborado relógio astronómico. No interior pode-se ainda visitar a capela e outras exposições que por falta de tempo não nos foi possível.
O Relógio Astronómico
O Relógio Astronómico
Finalmente dava-se o meu primeiro encontro com a imagem de marca mais famosa de Praga. Este enorme e estranho relógio ergue-se ao alto pela torre da Câmara Municipal e desde que a cidade se abriu ao Mundo é o monumento mais fotografado de toda aquela cidade.
Grupos enormes de turistas juntam-se para apreciar o estranho badalar das suas horas, todos como eu de máquina em punho numa espera ansiosa mesmo que as horas deste relógio não correspondam com as do meu fiel amigo de pulso. Desde o século XV que esta gigantesca máquina vai dando horas aos Checos e diz-se por lá que após a sua reconstrução em 1490 mandaram cegar o seu mentor a fim de evitar repetições. esta geringonça com bonecos, sinos, galos dourados etc, fora reparada inúmeras vezes até ao aperfeiçoamento do seu mecanismo já no século XVI, nem quero imaginar o mecanismo que se deve esconder por detrás daquelas paredes. Faltavam 5 minutos para as 12h (pelo menos no meu relógio) passados os mesmos não havia meio dever esta magnifica invenção a trabalhar, comecei a pensar ora na foto do guia estavam 8 bonecos e eu na realidade só via quatro, depois já passava das 12h e aquilo não funcionava, enfim estava definitivamente estragado ou para restauro, jamais me recorrera a ideia de ler o guia e perceber que basicamente este relógio dá tudo menos as horas. Ou seja, as horas como as conhecemos também as dá mas acima de tudo este relógio dá-nos a hora solar, a órbita da Lua, mede três tipos de tempos o da Boémia, o temo conforme usamos hoje e ainda a posição da Terra face ao universo, tem ainda a capacidade de dar os movimentos do Sol e da Lua pelos signos entre uma série de possibilidades. Decididamente um relógio com o qual não podemos contar para acertar o nosso.
Depois da estranha explicação de tal funcionamento e ficando sem perceber absolutamente nada (confesso que precisei de alguém que me explicasse aquilo) aliando ao facto que já me encontrava ali havia vários minutos e nenhum ponteiro se mexeu, decidi esquecer o pormenor das horas nestes relógio e admira-lo simplesmente como mais uma das grandes obras que esta cidade tem para nos oferecer.
Finalmente chega a hora certa e a multidão prepara-se para filmar o momento, os bonequinhos começam a mexer-se, cada um representando um pecado, os sinos tocam, lá no alto abrem-se umas janelas e desfilam uma procissão de santinhos até que um homem vestido à época se abeira lá no alto da torre e toca uma musiquinha numa corneta enquanto o povo cá em baixo aplaude com entusiasmo. Dito assim até pode parecer algo piroso e sem graça esta forma de dar horas mas acreditem que é bem viciante, sempre que passei por aquele relógio enquanto dava as suas badaladas não me ia embora sem ver o final do espectáculo, até chegar ao ponto de saber a musica da corneta e trautear durante o dia.
Subida à Torre da Câmara Municipal
A neve que de repente começou a cair foi o mote perfeito para começar a abordar o tema de subir à torre bem alta. A coisa poderia ficar assim, mas neste caso implicava um grande poder de persuasão pois a minha companhia morria de vertigens. Lá se conseguiu convencer quando viu que aquilo até tinha elevador e nele entrou sem nunca mais me largar. Saímos de um elevador redondo em vidro numa salinha no alto da torre, em seu redor circula uma varanda estreita com as melhores vistas da cidade, e quando digo as melhores acreditem que vale mesmo a pena o ingresso para subir lá em cima. Demos a voltas e mais voltas na varanda tentando encontrar o melhor ângulo para as fotos que vos deixo algumas para se deliciarem.
O frio e o vento lá no alto da torre já se fazia sentir e obrigou-nos a descer apesar de termos ficado com vontade de estar ali por uns mais largos momentos. Demos por concluída a nossa visita à Praça da Cidade Velha, claro que acabámos por passar por ela inúmeras vezes de dia e de noite, sempre deslumbrados com todo aquele cenário. Estava na hora de rumar a outras bandas e descobrir novos segredos daquele cidade mas em antes descobrir um bom local para almoçar, e tão perto que ele estava, mas do comer falo depois...
Grupos enormes de turistas juntam-se para apreciar o estranho badalar das suas horas, todos como eu de máquina em punho numa espera ansiosa mesmo que as horas deste relógio não correspondam com as do meu fiel amigo de pulso. Desde o século XV que esta gigantesca máquina vai dando horas aos Checos e diz-se por lá que após a sua reconstrução em 1490 mandaram cegar o seu mentor a fim de evitar repetições. esta geringonça com bonecos, sinos, galos dourados etc, fora reparada inúmeras vezes até ao aperfeiçoamento do seu mecanismo já no século XVI, nem quero imaginar o mecanismo que se deve esconder por detrás daquelas paredes. Faltavam 5 minutos para as 12h (pelo menos no meu relógio) passados os mesmos não havia meio dever esta magnifica invenção a trabalhar, comecei a pensar ora na foto do guia estavam 8 bonecos e eu na realidade só via quatro, depois já passava das 12h e aquilo não funcionava, enfim estava definitivamente estragado ou para restauro, jamais me recorrera a ideia de ler o guia e perceber que basicamente este relógio dá tudo menos as horas. Ou seja, as horas como as conhecemos também as dá mas acima de tudo este relógio dá-nos a hora solar, a órbita da Lua, mede três tipos de tempos o da Boémia, o temo conforme usamos hoje e ainda a posição da Terra face ao universo, tem ainda a capacidade de dar os movimentos do Sol e da Lua pelos signos entre uma série de possibilidades. Decididamente um relógio com o qual não podemos contar para acertar o nosso.
Depois da estranha explicação de tal funcionamento e ficando sem perceber absolutamente nada (confesso que precisei de alguém que me explicasse aquilo) aliando ao facto que já me encontrava ali havia vários minutos e nenhum ponteiro se mexeu, decidi esquecer o pormenor das horas nestes relógio e admira-lo simplesmente como mais uma das grandes obras que esta cidade tem para nos oferecer.
Finalmente chega a hora certa e a multidão prepara-se para filmar o momento, os bonequinhos começam a mexer-se, cada um representando um pecado, os sinos tocam, lá no alto abrem-se umas janelas e desfilam uma procissão de santinhos até que um homem vestido à época se abeira lá no alto da torre e toca uma musiquinha numa corneta enquanto o povo cá em baixo aplaude com entusiasmo. Dito assim até pode parecer algo piroso e sem graça esta forma de dar horas mas acreditem que é bem viciante, sempre que passei por aquele relógio enquanto dava as suas badaladas não me ia embora sem ver o final do espectáculo, até chegar ao ponto de saber a musica da corneta e trautear durante o dia.
Subida à Torre da Câmara Municipal
A neve que de repente começou a cair foi o mote perfeito para começar a abordar o tema de subir à torre bem alta. A coisa poderia ficar assim, mas neste caso implicava um grande poder de persuasão pois a minha companhia morria de vertigens. Lá se conseguiu convencer quando viu que aquilo até tinha elevador e nele entrou sem nunca mais me largar. Saímos de um elevador redondo em vidro numa salinha no alto da torre, em seu redor circula uma varanda estreita com as melhores vistas da cidade, e quando digo as melhores acreditem que vale mesmo a pena o ingresso para subir lá em cima. Demos a voltas e mais voltas na varanda tentando encontrar o melhor ângulo para as fotos que vos deixo algumas para se deliciarem.
O frio e o vento lá no alto da torre já se fazia sentir e obrigou-nos a descer apesar de termos ficado com vontade de estar ali por uns mais largos momentos. Demos por concluída a nossa visita à Praça da Cidade Velha, claro que acabámos por passar por ela inúmeras vezes de dia e de noite, sempre deslumbrados com todo aquele cenário. Estava na hora de rumar a outras bandas e descobrir novos segredos daquele cidade mas em antes descobrir um bom local para almoçar, e tão perto que ele estava, mas do comer falo depois...
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