Blogroll

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Um primeiro olhar sobre Sevilha - Alameda de Hércules

Após a viagem de carro Lisboa/Sevilha e de devidamente instalados no nosso apartamento, era mais do que hora de enfrentar as temperaturas escaldantes e conhecer a cidade. A alguns passos do hotel ficava a Alameda de Hércules um espaço amplo, rodeado de árvores centenárias e repleto de bares e restaurantes que naquele meio de tarde ainda estavam a meio gás, mas que de noite assumem um papel importante na vida nocturna da cidade, dando ainda uma aura mais mágica ao espaço.

A Alameda de Hércules construído em 1574 é considerado um dos primeiros e mais antigos jardins públicos da Espanha. O enorme espaço é o maior espaço verde do centro histórico de Sevilha e diz-se que o nome de Alameda deriva do facto de estar rodeado de Alamos. O nome de Hércules então emprestado ao espaço tem origem nas duas colunas procedentes de um templo romano cujos topos estão coroados com uma estátua de Hércules (fundador mítico da cidade) e de Júlio César.

Recentemente o local foi alvo de obras de requalificação, foram instaladas umas fontes que brotam uma neblina de água que ajuda a amenizar o implacável sol que reflecte no seu piso claro. O transito por seu lado foi redireccionado e praticamente não passam carros na zona. 
Hoje em dia esta é um espaço perfeito para um final de tarde, um jantar ou uma noite de copos com os amigos e acreditem que vale muito a pena conhecer. Fiquei encantado com o ambiente e todos os dias no regresso dos passeios pela cidade havia sempre tempo para uma pausa e ver a movida sevilhana.

Da alameda partem várias ruas estreitas na penumbra da sombra dos seus edifícios, na sua maioria acabam por desembocar no centro histórico da cidade. São todas encantadoras e merecem ser exploradas pois guardam preciosas jóias da arquitectura do sul de de Espanha. Como disse na sua maioria estão vedadas ao transito e têm uma ampla oferta de estabelecimentos comerciais, infelizmente era hora da siesta e muitos estavam fechados. Nestas ruas também se encontram muitos dos hotéis mais concorridos da cidade havendo sempre um fluxo constante de turistas pelas suas ruas.

Ao final da tarde com o final da siesta assiste-se a um renascer da vida pelas ruas comerciais. Algumas apresentam um engenhoso sistema de toldos para tapar o sol que incide directamente pelos transeuntes. Felizmente já se encontram alguns destes sistemas nalgumas cidades portuguesas.
















Numa das suas ruas encontra-se um painel de azulejos com um anúncio centenário a uma marca de automóveis.


Com todo este pulsar de gente pela cidade não é difícil de perceber que nos encontramos mesmo muito perto do coração da cidade. Por entre os intervalos de alguns prédios antigos já se conseguem avistar os contornos dalguns monumentos famosos da cidade que rapidamente desaparecem na esquina seguinte. 
Depressa encontramo-nos na Plaza Nueva, uma ampla praça aberta no cerne da cidade comparada à típica Plaza Mayor das cidades espanholas. 
Plaza Nueva

Acredito que quem chega até esta zona de Sevilha se ainda não ficou perdido de amores pela cidade esta será a sua derradeira oportunidade. A cidade brinda os seus visitantes com um elegante charme a cada esquina e no meio desta profusão de cores e estilos eleva-se no céu a torre da sua majestosa catedral. Mesmo vista de um ângulo que não é o seu mais encantador a catedral de Sevilha ergue-se diante os nossos olhos como um monstro monumental, um Golias medieval que faz com que aceleremos o passo em sua direcção sedentos de descobrir os seus tesouros. Pelas ruas mulheres espanholas trajadas com as suas tradicionais mantillas e abanicos saem das igrejas, ciganas imploram que lhes emprestemos a palma da mão para nos lerem a sina em troca de alguns euros ou lançam-nos uma maldição fatal, e já se sabem contra maldição de cigana todos os cuidados são poucos!

Com expectativas altas dirigimo-nos para a gigantesca porta da catedral que nos brindou estar trancada nos seus enormes gonzos! Pelos vistos o plano inicial de visitar este monumento acabaram de sair furados, era hora de tirar o guia da mochila e replanear o itinerário, sem mais dúvidas era hora de explorar o bairro de Santa Cruz!







0 COMENTÁRIOS :

Enviar um comentário